50 anos da Revolução dos Cravos em Portugal

Hoje completam 50 anos da Revolução dos Cravos de Portugal, marcando o fim do regime ditatorial fascista – conhecido como Estado Novo -, que foi instaurado sob a liderança de António Salazar em 1933, e continuado por Marcello Caetano até sua derrubada.

O Estado Novo foi um governo antidemocrático, repressivo, que impôs limitações aos direitos civis e políticos, o autoritarismo se estendeu a economia. A insatisfação popular com as políticas do regime e a guerra colonial em países africanos foram fatores fundamentais para derrocada da ditadura.

O Movimento das Forças Armadas (MFA), que liderou a Revolução, era composto por uma variedade de ideologias, desde socialistas moderados até elementos mais radicais de esquerda. O nome “Revolução dos Cravos” vem do fato de que os soldados posicionaram cravos vermelhos oferecidos por civis em suas armas, simbolizando transformação e paz.

Fazendo uma conexão com a atualidade e a ascensão da extrema-direita em Portugal, João Gabriel de Lima – do Observatório da Qualidade da Democracia da Universidade de Lisboa – diz que

“É uma data que une vários setores diferentes da sociedade, da direita à esquerda tradicional, jovens e velhos, e isso é realmente muito forte. No momento em que o país ficou assustado com o crescimento de uma extrema-direita que é liderada por um político que se declara admirador de líderes que ou acabaram com a democracia, como Viktor Orbán na Hungria, ou tentaram dar golpe, como Bolsonaro no Brasil, a força do 25 de abril parece ser uma barreira contra essas investidas autoritárias” (BRASIL DE FATO, 2024)

Portanto, reafirmamos que é preciso LEMBRAR PARA NÃO REPETIR!

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